30/11/2018 Cais Capelo Ivens - Marginal Ribeirinha de Vila Nova de Gaia
Sempre
esperei ver-me à mercê da mudez,
não
do encarceramento das palavras,
mas
do emudecimento perante a beleza do momento.
Quero retribuir-me e não consigo,
de me ver assim,
intrincada num redemoinho de profundas emoções.
Hoje, deponho as palavras mais bonitas,
as que tenho guardado debaixo da pele,
nas asas de um Sonho meu.
Sonho
que assim é,
e que assim deve permanecer, intacto,
imaculado
no tempo e no espaço para nunca morrer,
enquanto
memória minha
houver.