terça-feira, 22 de setembro de 2015

Tortura do meu nome

Título: Dissociative identity disorder
Fotógrafo: ~skye.gazer
Colecção: Flickr





















Das procuras,
às promessas e às esperas,
cada rua do teu corpo
terá o meu nome cravado
a ferro e fogo.
Nome sem rosto, nome sem corpo,
a tortura do meu nome,
também sem nome,
será o único testemunho
da minha breve passagem
pelo teu passado.

9 comentários:

  1. E a memória vive como se fosse parte do presente...

    Tão bonito, Sandra :)

    Um beijinho.

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  2. O corpo e a pele são as gavetas das nossas memórias, até as que não têm nome :)
    Beijo Sandra

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  3. Estes testemunhos quedam-se na memória e não precisam nome, para serem chamados ao presente.

    Boa noite Sandra

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  4. Muito bonito, Sandra!
    Para mim, também importante porque me fez pensar. É que não sei se se não haverá corpos cujas ruas só são merecedoras de topónimos sumidos.
    Beijos.

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  5. Saudades dessa foto que me avivou boas memórias Sandra.
    Pensamos ter arrumadas as gavetas, mas todas tem nome.
    E serão sempre testemunha de algum momento!
    Belo o teu poema.
    Beijinho.:)

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  6. Não é preciso nome para que alguém fique gravado em nós!

    Beijos, Sandra. :)

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  7. Marcante, a forma com algumas vidas se cruzam...

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  8. O corpo é um emaranhado de ruas, becos, travessas, avenidas, locais para serem visitados e deixar marcas.
    Quando se deixa marcas no corpo, é sinal que o amor fez-se indelével....
    Belo poema... mocinha doce d´além-mar!!

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  9. Que maravilha, Sandra. Tão sentido e tão verdadeiro.
    A pele sabe de cor todos os nomes.

    Um beijinho à flor da pele

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