domingo, 16 de agosto de 2015

Embrulho

Mercuro B Cotto


















Queria tanto escrever-te uma carta de amor, 
uma daquelas ridículas 
que falam do silêncio, do grito,
da saudade e da dor.
Mas o cansaço é tanto que a veia de tão seca 
já não dança a fina pena da linha afectiva 
na teia da seda.
Só me resta desembrulhar-me no teu olhar, 
encaixar-me no teu colo ventre quente âmbar,
e continuar a esperar-te todos os dias a cada acordar. 
Agora faz de mim um embrulho bonito
e leva-me contigo nas asas do vento 
para terras de além-mar.

9 comentários:

  1. Saudade... é uma palavra tão portuguesa, tão nossa. É isso que sentes, a falta gigante que alguém que gostas muito te faz e as marcas que a sua ausência te deixa.

    Guarda as recordações e a esperança. É ela que nos move.

    Beijinho*

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  2. A saudade e a dor muitas vezes caminham juntas.
    São o passado, mas também o presente da nossa viagem pela vida.
    Continuemos a saga em cada dia.
    Beijinho Sandra.:)

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  3. Quando o coração chora acontecem gritos surdos de amor
    Domingo feliz

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  4. E escreveste uma carta de amor muito envolvente.
    Interessante.
    Beijo.

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  5. Querida Sandra Louçano,
    Uma carta de amor a cada acordar não é fácil. Espero que a dor se atenue sem diminuir o amor.
    Um beijo,
    Outro Ente.

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  6. Amar quem está ou é de longe é bem mais fácil que amar alguém que nos é próximo ;)

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  7. Em cada acordar há a esperança que não desaparece.
    É essa a força necessária para continuar a percorrer o caminho do amor.
    :)

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  8. Não há linha mais fina do que a dos afectos. Precisa de ser cuidada para não se partir.
    Beijos Sandra

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  9. Tão bom, embrulharmo-nos na pessoa amada!!

    Beijos, Sandra. :)

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