domingo, 21 de junho de 2015

Dos limites periféricos


Mercuro B. Cotto


















Abraça a vida conforme lhe é servida no prato do dia, aconchegando as asas no travesseiro do sonho onde só existe ela e um plano paralelo que deita vãos de portas e de janelas para horizontes de perder de vista, universo onde todas as realidades inventadas são possíveis.
Do outro lado da espera, entre um silêncio e outro, o tempo ganha corpo de resposta, e, por arrasto, o mundo lá fora vai ganhando forma proporcional ao seu tamanho e resiliência. Pequenino do tamanho de uma ervilha, tem os seus limites periféricos substancialmente encolhidos. Ela não sai e ninguém lá entra. Os lugares cativos estão todos preenchidos, até mesmo os vazios.