Fotógrafo: Hannah Lemholt Photography
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Ali estás tu, silhueta de gazela deitada no leito do meu desassossego, como quem espera por uma serenata na seda das noites de lua cheia.
Vejo tudo o que olhos podem alcançar mas as saudades de ti só me deixam imaginar-te...Sorriso fácil, olhar franco verde cintilante, cabelos de cheiro a jasmim, lábios de cereja, abraço de hortelã, três borboletas e uma flor trepadeira…
Três borboletas pequeninas e mimosas tatuadas a nanquim no ventre de mim! Quantas vezes esvoaçaram elas a pauta do desejo em busca do beijo de travo a amora silvestre…Quantas vezes sobrevoaram elas a terra quente perfumada a café torrado e a canela…Quantas vezes cederam elas ao grito ensandecido no travesseiro do derradeiro suspiro…Quantas vezes resgataram elas a minha alma da queda no precipício…Quantas vezes…Digo eu, que daqui a fito e que em cativo a mantenho no limbo insano do meu ser…
E ali estás tu, semi-mulher, semi-menina, queda à minha espera, no contraste que tão bem e ainda me caracteriza, ora doce, ora felina, ora contida, ora atrevida, mas tu, a mulher-menina que ainda hoje me desafia e desatina…
Sabes rapariga? Fazes-me falta como a chave que abre a porta do horizonte para além do nascer do sol. Fazes-me falta para que a vida seja mais doce e mais leve de carregar.
Sandra Louçano.
ResponderEliminarBelo poema. Com ótimas imagens figurativas....
"Três borboletas pequeninas e mimosas tatuadas a nanquim no ventre de mim!"
É assim mesmo...o amor que nos falta, faz-nos imaginar a "insustentável leveza de nossa vida'!
Olá, olá PDR :) folgo em saber-te por aqui.
EliminarMuito obrigado pelas tuas palavras, e pela forte imagem que me transmitiste com a tua frase; "insustentável leveza de nossa vida!"
Engraçado... não acredito em acasos, e essa saudade está a me perseguir!
ResponderEliminarLindo e poético texto, amei e o li transportando-me para essa nuance textual... em detalhes... até a saudade me apertar o peito.
Belo final de semana, Querida.
Beijo.
Sattine, também não acredito em acasos, só em sentires :) Sei-te mulher coração, e olha que não há muitas mulheres assim.
EliminarDeixo um beijo com muita amizade e carinho em ti minha Querida:)
É verdade, Sandra.
EliminarNão existem mesmo muitas mulheres assim, infelizmente. Mas cada um com sua essência nativa e essa não há como mudar, cada um carrega exatamente o peso de ser o que é. Quando muito nos é permitido, vamos agregando mais valor e sabedoria ao que já somos.
Obrigada pelo carinho contínuo.
Beijocas.
Essa menina /mulher não desapareceu. Pode estar quieta e escondida porque a vida a isso a obrigou, mas tenho a certeza que não desapareceu para sempre.
ResponderEliminarOlha para o reflexo no espelho, vais encontra-la:)
A imagem e o texto são simplesmente perfeitos :)
um beijo nas borboletas :)
Essa menina mulher e mulher menina anda algures por aqui escondida :) mas volta e meia, meia volta dá ares de sua graça.
EliminarObrigada pelo teu carinho e pelo beijo nas borboletas:)))
Sabes? Elas existem mesmo tatuadas no meu corpo pousadas na flor trepadeira, simbolizam as minhas duas filhas, eu, e a vida...
Sublime pungência ou pungência sublimada?...
ResponderEliminarPalavras que provam como um suspiro pode ser aferido com medidas de peso.
Muito obrigado Eros:)
EliminarHá sempre um certo encanto na mulher-menina que caminha pela vida, segurando numa espada, e com a outra mão atirando beijos...
ResponderEliminarAcho que por mais chuva, ela nunca desaparece. Apenas começa a ser mais selectiva com os olhos a quem se mostra ;)
A figura da mulher menina envolve sempre uma imagem de etérea fantasia, que se torna real ao olhos de quem ela entende ser-lhe Especial.
EliminarCaramba rapariga eu aos teus olhos fico totalmente despida ;).
Deixo um beijo enorme em ti, Ni.
A Sandra está com dificuldades em carregar a vida?
ResponderEliminarUm beijinho*
Dizem que viver é fácil, saber viver é que não...Acontece que nos dias de hoje o conceito de sabedoria oferece alguma precariedade, logo...facilidade não há, quando muitas coisas importantes se perderam pelo caminho.
EliminarBeijinho de volta, Til.
A mulher é o centro da vida. A Terra que dá o fruto. O equilíbrio entre o homem, a natureza humana, e a estabilidade emocional da vivência.
ResponderEliminarGostei muito do blogue.. Fiquei seguidor
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Muito obrigado Adim :)
EliminarGostei da profundidade das tuas palavras.