Imagem tirada daqui
Sempre que a lua
prenhe de ti
prenhe de ti
se vinha banhar à praia-mar,
conferia aquela nudez errante
a imagem cénica
de uma silhueta perfeita,
de uma silhueta perfeita,
esculpida nas ondas da areia.
Há quem diga que tal criatura
se afigura figura fictícia
com olhar de mulher madura
em semblante de menina.
Ficção ou talvez não,
quem a conhecia afirma,
que a paixão
todos os dias de lá vinha
adormecer o dia no parapeito da noite
adormecer o dia no parapeito da noite
para namorar as estrelas.
Em boa verdade,
quem bem a sentia
quem bem a sentia
sabia que naquela vida
não havia nenhuma outra janela
que lhe concedesse
tamanha alegria.
Agora, por acaso, alguém sabe
quem se atreveu ao rubor
que o seu corpo teceu?
quem se atreveu ao rubor
que o seu corpo teceu?
Dizem que o segredo daquela flor
nenhum olhar alguma vez bebeu!