terça-feira, 22 de março de 2016

Escultura de Gente

Mercuro B. Cotto

Tenho o corpo
dormente.
Fez tanto frio
no tempo
que ele
já não me sente
a cabeça pesada,
a alma rasgada,
e o peito apertado
com vazios de nada.

Mas a minha mente,
mesmo (in)consciente,
denuncia
uma (es)cultura de gente
que se sente só
e carente.

13 comentários:

  1. Intenso e magnífico poema.

    Beijinho, Sandra!

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  2. Deixa o sol aquecer-te a alma Sandra. Abre as janelas do corpo, sacode esse frio e segue a viagem de sorriso nos lábios (dizer é mais fácil do que fazer...)
    Fica um abraço bem apertado e um beijo grande.
    :)

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  3. Jamais estarás só... Estamos aqui... Estou aqui :)

    Beijo Sandra.

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  4. "Tenho o corpo dormente"...existem palavras sobres as quais tecemos comentários, outras apenas deixamos que nos possuam...por completo e com os receios de que nos descubram e dispam.
    Parabéns!

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  5. Corpos dormentes com mentes ágeis são dolorosos.

    Beijo

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  6. "De neve nada sei, de sol também,
    de milhares de sossegos acordados,
    da subida do teu rosto atrás dos ombros,
    da mão ardente, da vista da sacada
    nada sei.
    Ponho palavras como coisas feitas:
    só entre elas, enquanto jogam, leves,
    seu rodado sem cor nem qualidades,
    minha ciência existe, e já não minha,
    ou só tão minha como tua e delas,
    ar entre os dedos, sumo de verdades."

    Pedro Támen

    Um abraço apertado, querida Sandra, e uma Páscoa florida

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  7. Que o calor que agora apenas se insinua venha aquecer esse corpo e penetrá-lo até à alma.

    Beijos, Sandra :)

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  8. Também os dias maus acabam, Sandra. Felizmente. Podemos sempre ver outras cores no novo dia. Sonhar, talvez, outro sonho.

    Que o Sol da terna Primavera arraste para longe essa tempestade. Aqueça o teu coração e a tua alma.

    Deixo-te um abraço apertado, minha Sandra linda. :)

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  9. Há solidões que, na sua convulsão, despertam novos olhares, novos sentires...

    Um beijinho, Sandra :)

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