Imagem tirada daqui
“o amor é uma invenção esgotante”, passo a citar uma citação extraída
do “Fim de Setembro” do Impontual.
Se me permite(s), sem qualquer intenção ou presunção,
complemento e acrescento, que tal invenção é um fenómeno resiliente que nunca
se esgota.
As
pessoas vão tropeçando por aí, umas nas outras, mas há aquelas que nos embatem de
forma especial. Sem que dê-mos conta, entram sem permissão e instalam-se de
mansinho dentro do nosso ninho afectivo, e o mais engraçado é que não há nada
nem ninguém que quebre essa corrente transparente; nem o silêncio prolongado no
tempo, nem a extrema e franca distância, tão pouco a crispação de personalidade
entre feitios aguçados. O amor afigura-se como um menino traquina, mais teimoso
que a própria teimosia.
Apesar
de todos os pesares, a espera, a esperança e a espectativa continuam a ser os
fios condutores que alimentam esse fenómeno crónico. E, apesar de o Amor ser “uma invenção esgotante” que nunca se esgota,
é dele que brota a força para se continuar a caminhada, com a vantagem de que o
numero primo nunca vai sozinho, segue sempre de coração embalado e aquecido
numa nuvem de algodão doce com sabor a baunilha.