Francesca Woodman |
Há quem prefira o resultado imediato e
os aplausos do palco mediático. Há quem prefira a acção / reacção em constante
ebulição. Paixão ou talvez não, há quem queira mesmo só, vontade de emoção.
Injecção de adrenalina constante, atenção, devoção, 24 horas sobre
rodas.
Note-se que neste enquadramento
pictórico, quase ninguém repara nos olhos vidrados nem na fundura das olheiras
negras resultantes das mil e uma noites mal dormidas. Matilha maldita que de
dia está mal acordada para a vida, quais olhos trôpegos de anestesia, qual postura corcunda sempre firme e hirta.
Por outro lado, há quem prefira o
resultado que decorra do acto praticado no tempo. Há quem prefira dar alimento a
um sentimento que cresce lento, ganha corpo e se instala dentro intenso.
Há quem prefira querer ter, há quem
prefira querer ser…
E, há a matilha que não sabe o que quer.