Mercuro B Cotto |
Queria tanto escrever-te uma carta de amor,
uma daquelas ridículas
que falam do silêncio, do grito,
da saudade e da dor.
que falam do silêncio, do grito,
da saudade e da dor.
Mas o cansaço é tanto que a veia de tão seca
já não dança a fina pena da linha afectiva
na teia da seda.
na teia da seda.
Só me resta desembrulhar-me no teu olhar,
encaixar-me no teu colo ventre quente âmbar,
e continuar a esperar-te todos os dias a cada acordar.
Agora faz de mim um embrulho bonito
e leva-me contigo nas asas do vento
para terras de além-mar.