Francesca Woodman
Sou rosto corpo inteiro,
sou grão, sou areia,
sou filha
da lua-cheia.
sou grão, sou areia,
sou filha
da lua-cheia.
Sou tempestade, e sou mar,
e sou grito por revelar.
e sou grito por revelar.
E sou espelho e sou
reflexo,
espectro
do vazio e do
deserto.
E sou alma roubada,
pobre alma minha desassossegada,
flor daninha por quem sois
de alma perdida.
flor daninha por quem sois
de alma perdida.
Pena de asa negra desgarrada
de qual sorte fui parida
e a qual morte fui deixada,
só, triste e abandonada.
só, triste e abandonada.
E sim, penso-te,
e sim, sinto-te,
e sim, sinto-te,
e sim, respiro-te
mas sei que sem ti,
eu Maria,
não me existo…
não me existo…