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Mercuro B. Cotto |
Ele carrega na alma
a calma do fio
de uma navalha afiada;
abre caminho
por entre espinhos,
costas escarpadas,
e tendas de circo
como quem aconchega sonhos
de algodão doce
em noites de seda velada.
Guarda o tempo no bolso,
a noite e o dia ainda são crias pequeninas…
Lança as velas ao vento,
folhas de papel crepe colorido,
por um fio,
trilho transparente,
quiçá inexistente.
Qual navalha que lhe dá o corpo
que lhe dá a alma, que o faz gente,
sangue do meu sangue frio a ferro quente,
ventre que pare a dor de um filho,
mão guardiã,
porto do meu abrigo.
Fantástico, já tinha saudades :)
ResponderEliminarÉ boa também a referência ao American Beauty, está cheio de pormenores deliciosos.
Maravilhoso e sensual!
ResponderEliminarbeijos
Todos os oceanos precisam do seu porto de abrigo. Gostei muito da profundidade do teu poema.
ResponderEliminarUm beijinho, querida Sandra :)
[Tenho saudades tuas. Espero que estejas bem]
Há pedras lá no fundo
ResponderEliminarcom vida por dentro
Bj
Saudades de vir aqui...
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