Mercuro B. Cotto
Quando as portas da alma
se abrem ao sorriso das estrelas,
às sedas da noite e ao agito dos dias,
nada mais há para escalpelizar,
e a palavra nada mais tem a acrescentar.
Só o sereno do tempo,
a melodia do silêncio
a melodia do silêncio
e o mundo sensível, inteligível ao olhar
permanecerão vivos na memória
para além da incógnita silhueta
da morte.
da morte.
(Que passe num sopro,
com mão branda e ligeira,
e me leve primeiro,
assim reza o meu desejo).
E o rosto de qual nome perpétuo
entrega-se de corpo
ao leito da terra e sai de cena...
entrega-se de corpo
ao leito da terra e sai de cena...
E parte de "mala" aberta, a viagem
para parte incerta,
para parte incerta,
deixando ficar para trás,
acostado no cais da saudade,
o batel do seu legado.
acostado no cais da saudade,
o batel do seu legado.
Leva-me, vento, para parte incerta, na companhia dos pássaros migratórios.
ResponderEliminarBeijos, Sandra. :)
Um dia havemos de ser levadas sim, à boleia montadas nas asas de um pássaro migratório, e iremos sentir o mundo dentro do nosso ventre. Mas ainda não é o tempo, Maria, ainda não é o tempo...
EliminarBeijinho Maria :)
Como a maresia é fresca, também este texto é fresco de poético
ResponderEliminar.
Deixo cumprimentos
Obrigado Nuno Filipe :)
EliminarCumprimentos
Gostei de imaginar as portas da alma e o sorriso das estrelas. É um céu feito de sentires e de viagens interiores.
ResponderEliminarMuito bonito Sandra .
beijos e boa semana :)
A cada dia que passa sinto que a minha palavra se esgota, ouço-me ressoar num disco de vinil riscado. Por um lado não me importo que me vejam como um objecto obsoleto, por outro lado esse meu lado relicário é interpretado como uma patologia de anormalidade. E com isto quero dizer, que me tenho voltado nestes tempos mais recentes, para um lado mais introspectivo. Decisões importantes a serem tomadas avizinham-se, e quando respeitam aos nossos, há que dar o uso devido aos pratos da balança.
EliminarObrigada minha amiga e fica um beijinho grande.
"Quando as portas da alma
ResponderEliminarse abrem ao sorriso das estrelas,
às sedas da noite e ao agito dos dias" Para quem não for crente, como eu, resta-nos essa imagem idílica como único reconforto...
Para quem não for crente como Nós, resta essa visão idílica como único reconforto. E o legado, não esquecer que o legado é o nosso cartão de cidadão vitalício.
EliminarBeijoca rapariga :)
As nossas madalenas de Proust...:)
EliminarTalvez a vida seja mais leve se a mala estiver aberta e o caminho for incerto :)
ResponderEliminarBjos Sandra
Não tenho dúvidas que são esses os requisitos certos para que a vida nos pese menos.
EliminarBeijinho JT :)
O movimento das portas da alma, o mundo dos afectos, é o que creio fazer realmente a diferença nas nossas vidas.
ResponderEliminarMuito bonito, Sandra.
Beijos.
Isabel que alegria enorme ter-te aqui deste lado. Estou absolutamente de acordo, que o que faz a diferença nas nossa vidas são efetivamente os afectos, mas os genuínos.
EliminarFica um beijo com muita estima e amizade, e obrigada:)
Que tranquilidade senti quando te li Sandra.
ResponderEliminarMuito bonito.
Beijo:)
Obrigada minha Amiga, fizeste-me sorrir:)
EliminarFica um beijo com carinho e um xi coração apertado :)
Que depois de portas abertas
ResponderEliminarSe responsabilizem pela saudade criada...
Que não as fechem com pontos mal dados...
E deixem apenas o sorrido de lembrança...
Quest...
Aí reside a nossa maior responsabilidade, no legado que deixamos aos nossos.
EliminarObrigado Quest, gosto das tuas reflexões poéticas.
Não existe nada mais belo quando não estamos bem que a melodia do silêncio.... só esse barulho satisfaz as nossas reflexões
ResponderEliminar.
Deixo cumprimentos
http://deliriosamoresexo.blogspot.pt/